setembro 15, 2012

No Second Troy

Yeats escreveu esse poema em honra a Maud Gonne, por quem ele era apaixonado (1), mas que, naquele contemporâneo estilo melhor-amiga-no-fim-da-adolescência-ou-início-da-idade-adulta, ao mesmo tempo o provocava e o afastava. Os estudiosos debatem se ela nunca deu pro poeteiro irlandês ou se deu uma única vez. Na boa, basta uma passada d'olhos nesses versos pra ver que ele a queria apenas idealizada, não a queria comer de verdade. Abaixo do inglês, pra variar, minha tradução nas coxas, sem rima, sem métrica, sem nada:



WHY should I blame her that she filled my days
With misery, or that she would of late
Have taught to ignorant men most violent ways,
Or hurled the little streets upon the great.
Had they but courage equal to desire?
What could have made her peaceful with a mind
That nobleness made simple as a fire,
With beauty like a tightened bow, a kind
That is not natural in an age like this,
Being high and solitary and most stern?
Why, what could she have done, being what she is?
Was there another Troy for her to burn?


Por que eu deveria culpá-la por encher meus dias
Com miséria, ou por enfim
Ensinar aos ignorantes os caminhos violentos
Ou atiçar as ruas pequenas contra as grandes
Se tivessem coragem igual a seu desejo?
O que a poderia ter feito pacífica com uma mente
Que a nobreza esculpiu simples como o fogo
Bela como um arco teso, um tipo
Que não é natural numa época como esta,
Elevada, solitária e resoluta?
Por quê, o que mais poderia ela ter feito?
Havia outra Tróia para queimar por ela?

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